Água – Principais Aquíferos do Brasil

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A maior parte da superfície terrestre está coberta por água (70%), sendo 97,5% salgada e 2,5% doce. Da porção doce, 69% formam as calotas polares, 1% correspondem às águas superficiais (umidade do solo, pântanos, rios e lagos) e 30% são águas subterrâneas. O Brasil é um dos países com grande disponibilidade hídrica, estima-se que 12% da disponibilidade de água doce do planeta está em território nacional. Apesar dessa abundância hídrica a água no Brasil tem uma distribuição desequilibrada em relação aos consumidores. A região norte por exemplo concentra aproximadamente 80% da quantidade de água disponível e representa apenas 5% da população nacional.

Com relação às águas subterrâneas, o país possui uma reserva estimada em 112.000 km³, sendo os principais aquíferos o Guarani, Alter do Chão, Cabeças e Urucuia-Aredo.

O aquífero Guarani é localizado na região centro-leste da América do Sul, abrangendo Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como o Paraguai, Uruguai e Argentina.

Dentro de cada um desses sistemas existe grande heterogeneidade devido as formações geológicas regionais, o que impossibilita uma só classificação da água que os compõe. Como principal exemplo o aquífero Guarani possui grande descontinuidade na estruturação geológica, como resultado ocorre alta salinidade e não potabilidade nas regiões de Santa Catarina e no Paraná, enquanto em São Paulo e no Mato Grosso do Sul as águas possuem boa qualidade e em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais maior vulnerabilidade a contaminações devido a aproximação às áreas de recarga. Ao todo, possui uma área aproximada de 1,1 milhões de km².

O aquífero Alter do Chão está localizado na região norte do país e faz parte do Sistema de Aquíferos da Amazônia que juntamente com os aquíferos Solimões e Iça possuem extensão três vezes maior que o aquífero Guarani.

A região amazônica é uma das mais pluviosas do mundo e por isso a disponibilidade de água é muito grande, tanto superficial, quanto subterrânea. A bacia hidrográfica do rio Amazonas é a maior reserva de água doce fluvial do mundo. Apesar da grande disponibilidade hídrica superficial, próximo as áreas urbanas, as águas são impróprias para abastecimento e consumo, por contaminações microbiológicas e parâmetros físico-químicos e organolépticos fora dos limites permitidos. Neste cenário, a exploração da água subterrânea do aquífero Alter do Chão tem crescido, apresentando boa qualidade e utilização no estado do Amazonas, participando diretamente do abastecimento das cidades de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha do Marajó.

O sistema com a melhor qualidade de água é o aquífero Cabeças, com melhor potencial hidrogeológico, localizado na Bacia Sedimentar do Parnaíba. A água do aquífero Cabeças está dentro dos limites de potabilidade para consumo humano, apesar de em algumas regiões apresentar teor de ferro a ser removido em tratamento para abastecimento. Este aquífero possui vazões médias na porção livre de 18 m³/h e na confinada de 50 m³/h.

Nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Piauí e Maranhão encontra-se o Urucuia-Areado, com água predominantemente bicarbonatada cálcica, pouco mineralizada. Abastece diversas cidades da Bahia e de Goiás e a vazão média dos poços na camada superior é de 60 m³/h, enquanto nas camadas inferiores pode atingir até 600 m³/h.

Em 1997 foi instituído em 1997 o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e a Política Nacional de Recursos Hídricos, com o objetivo de planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos.  Além disso, o Brasil participa de um projeto de abrangência transfronteiriça que contempla o estudo das águas subterrâneas, o Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani (PSAG), com o intuito de ampliação do conhecimento hidrogeológico básico, aumentando a eficiência do gerenciamento e preservação do Sistema Aquífero Guarani entre os quatro países, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Os aquíferos são fundamentais para o abastecimento público de água no Brasil. Apesar de possuírem maior proteção de suas reservas hídricas quando comparados aos mananciais superficiais, suas águas não estão prontas para distribuição e necessitam de tratamento.

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